quinta-feira, 19 de maio de 2011

Corrupção: novela de palocci continua eu o PT tem conhecimento, pois são farinhas do mesmo saco.

Patrimônio 15/05/2011.

Comissão de Ética da Presidência não investigará Palocci

Órgão decidiu, nesta segunda, que o crescimento patrimonial acelerado do ministro não justifica a abertura de sindicância. Oposição quer depoimento

Gabriel Castro
O ministro da Casa Civil, Antonio Palocci: enriquecimento suspeito O ministro da Casa Civil, Antonio Palocci: enriquecimento suspeito (Fábio Rodrigues Pozzebom/Abr)
A Comissão de Ética Pública da Presidência não vai investigar a acusação de que o ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, multiplicou seu patrimônio de forma suspeita nos últimos anos. Em reunião na manhã desta segunda, o grupo avaliou que o caso não merece uma sindicância.
O ministro, que recebeu cerca de 1 milhão de reais em salários nos últimos quatro anos, enquanto esteve na Câmara dos Deputados, adquiriu no período dois apartamentos que, juntos, somam 7,4 milhões de reais. Em 2006, o então candidato a deputado declarou à Justiça Eleitoral que seus bens somavam 375 mil reais. O aumento foi de aproximadamente 20 vezes.
Os imóveis teriam sido comprados pela empresa Projeto, de propriedade de Palocci. A companhia, que inicialmente se dedicava a consultorias, mudou de ramo e, pelo menos oficialmente, atua na venda de imóveis.
O crescimento suspeito do patrimônio de Palocci foi revelado pelo jornal Folha de S. Paulo neste domingo.
O líder do DEM na Câmara, ACM Neto, afirmou neste fim de semana que vai pedir que Palocci seja convocado para explicar o crescimento patrimonial à casa.

Investigação 18/05/2011.

Plenário rejeita requerimento para convocar Palocci

Maioria dos parlamentares se opôs a pedidos apresentados por DEM e PSDB; Ministro multiplicou patrimônio por 20 em quatro anos

Gabriel Castro

O plenário da Câmara rejeitou nesta quarta-feira o pedido de convocação do ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, cujo patrimônio cresceu 20 vezes em quatro anos como deputado federal. O requerimento era uma tentativa de resposta da oposição à manobra governista que impediu a votação de proposta semelhante nas comissões. A proposta foi rejeitada em votação simbólica.
Poucos minutos antes, a casa também havia derrubado um requerimento que pedia uma sessão extraordinária para debater o assunto. Foram 266 votos contra, 72 a favor e 8 abstenções. Os pedidos foram feitos pelo líder do DEM, ACM Neto (BA), e do PSDB, Duarte Nogueira (SP).
"Talvez o ministro não tenha como explicar e comparecer. E aí é que está o problema", disse ACM Neto. Duarte Nogueira também protestou: "Qual é a dificuldade de um minstro de estado vir ao parlamento de maneira pública e mostrar com clareza sua evolução patrimonial?".
O deputado Pepe Vargas (PT-RS), escalado para falar contra o requerimento, disse que o tema já está esclarecido: “O ministro Palocci já emitiu nota pública sobre este assunto. A Comissão de Ética pública já se manifestou sobre este assunto”.
A evolução patrimonial suspeita de Palocci foi revelada pelo jornal Folha de S. Paulo. Entre 2006 e 2010, o atual ministro viu seu patrimônio sair de 375 mil para mais de 7 milhões de reais. Palocci argumentou que os ganhos foram obtidos por meio de uma empresa de consultoria de sua propriedade.

 Dia 19/05/2011

Conselho suspeita de negócio feito por firma de Palocci

Compra de imóvel de uma empresa que estava sob investigação desperta mais suspeitas sobre o ministro da Casa Civil do governo Dilma.

Antonio Palocci, ex-ministro da Fazenda
Palocci informou, por meio de sua assessoria, que desconhece o episódio
São Paulo - O Conselho de Atividades Financeiras (Coaf), vinculado ao Ministério da Fazenda, enviou relatório à Polícia Federal (PF) comunicando que a empresa Projeto, do ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, fez uma operação financeira suspeita na compra de um imóvel de uma empresa que estava sob investigação policial. A manifestação do Coaf ocorreu há cerca de seis meses, depois de o órgão ser informado do episódio pelo banco que intermediou a transação financeira.

Fontes do Ministério da Fazenda em São Paulo revelaram ao jornal O Estado de S. Paulo que o comunicado do Coaf à PF se enquadra no tipo de "movimentação atípica", "operação suspeita". Funciona da seguinte maneira: os bancos informam ao Coaf sobre transações financeiras fora do padrão. Em cima dessas informações, o órgão da Fazenda repassa à PF e ao Ministério Público relatórios quando uma empresa ou uma pessoa sob investigação aparece nos comunicados dos bancos.
No caso de Palocci, o nome da Projeto surge nas transações atípicas envolvendo uma empresa que está sob investigação pela Polícia Federal. No ano passado, a empresa do ministro adquiriu dois imóveis em São Paulo: um apartamento luxuoso de R$ 6,6 milhões e um escritório avaliado em R$ 882 mil. O Coaf não tem poder de investigação. Cabe à Polícia Federal apurar se há ou não irregularidades na transação financeira entre a empresa do ministro da Casa Civil e a que está sob investigação.
Procurado ontem pela reportagem, Palocci informou, por meio de sua assessoria, que desconhece o episódio. Disse que não foi informado do envio do relatório do Coaf à PF. O Palácio do Planalto acredita que o Coaf não vai se manifestar publicamente sobre o caso e espera que a PF diga que a empresa de Palocci não está sendo investigada. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Dia 19/05/2011

Bisturi econômico de Palocci vale muito, diz sócio da Tendências

Nathan Blanche, que trabalha ao lado de Maílson da Nóbrega, afirma que palestra e consultoria dão bastante dinheiro

Palocci e Dilma na 37ª reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social
Palloci e Dilma: risco maior para o governo é uma eventual perda de força do ministro
São Paulo – O empresário Nathan Blanche, sócio da Tendências Consultoria, vê com naturalidade o crescimento do patrimônio do ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci.

“O bisturi econômico do Palocci vale muito. Ele virou celebridade entre os empresários por mérito próprio. Esse negócio de que ele pode ter enriquecido, pelo amor de Deus. Quanto que o Bernardinho (técnico de vôlei) cobra por uma palestra?”, diz Blanche, em entrevista a EXAME.com.
Perguntado se palestra e consultoria realmente dão bastante dinheiro, Blanche disse que sim. “Gustavo (Loyola), Maílson (da Nóbrega), (Pedro) Malan, ex-ministros ganham bem e obrigado”, afirmou, seguindo a mesma linha da recente declaração de Palocci de que a passagem pelo governo valoriza a pessoa no mercado. O empresário é sócio da Tendências ao lado de Maílson da Nóbrega e Gustavo Loyola.
Nesta quarta-feira (18), Palocci telefonou para as pessoas citadas – algumas do governo Fernando Henrique Cardoso – e pediu desculpas pela "mensagem enviada por engano".
Nathan Blanche afirma que o ministro-chefe da Casa Civil é uma celebridade para o mercado como um todo. "Ele se tornou um hedge de racionalidade do empresário brasileiro. O Palocci teve um momento histórico único de reversão de sistema econômico no Brasil. Ele foi aquele médico salvador quando todo mundo estava com água no gogó e também teve sorte de que o momento histórico o favoreceu mais do que a muitos.”

Dia 19/05/2011

Palocci se desculpa por mensagem enviada por engano

O incidente no computador do Planalto provocou a demissão de Luiz Azevedo, subchefe de Assuntos Parlamentares da Secretaria de Relações Institucionais


Palocci tem seu patrimônio investigado
Antonio Palocci telefonou ontem para os ex-ministros e se desculpou pelo episódio
São Paulo - Uma mensagem enviada por engano, de computador do Planalto, para deputados e senadores levou o ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, a telefonar ontem para ex-ministros e ex-presidentes do Banco Central (BC) - alguns deles do governo Fernando Henrique Cardoso - e pedir desculpas. Além disso, a trapalhada provocou a demissão de Luiz Azevedo, subchefe de Assuntos Parlamentares da Secretaria de Relações Institucionais, comandada por Luiz Sérgio.

O texto no qual Palocci justificava seu patrimônio e argumentava que a passagem pelo governo proporciona uma "experiência única" para valorizar os profissionais no mercado, citando exemplos de tucanos, era um tipo de relatório reservado. Foi produzido pelo jornalista Thomas Traumann, assessor especial de Palocci, como subsídio para a articulação política do governo orientar a defesa, no Congresso, do ministro.
Azevedo, porém, enviou a mensagem pelo Sistema de Informações Parlamentares (Supar), que segue para todas as assessorias da Esplanada. O e-mail foi parar nas mãos não apenas de líderes do PT e de outros partidos da base, mas também da oposição. A nota citava ex-presidentes do Banco Central e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), como Henrique Meirelles, Armínio Fraga, Persio Arida e André Lara Resende, e ex-ministros da Fazenda (Pedro Malan e Maílson da Nóbrega) como exemplos de autoridades que se tornaram consultores.
Aborrecido, Palocci telefonou ontem para os ex-ministros e se desculpou pelo episódio. Disse não ter tido a intenção de causar constrangimento, mas apenas de esclarecer que profissionais com trajetória no governo são prestigiados pelo mercado. Tanto Malan como Armínio, Arida e Lara Resende trabalharam no governo Fernando Henrique.
'Convite irrecusável'
Na tentativa de conter o desgaste com a saída de Luiz Azevedo, a Secretaria de Relações Institucionais divulgou a carta de "demissão" do assessor. Nela, o petista afirma que recebeu "convite irrecusável" para assumir o cargo de superintendente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), em Brasília. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
  
Defesa | 19/05/2011 11:06

Oposição tenta desestabilizar Palocci, diz petista

Deputado Henrique Fontana disse que partidos da oposição estão fazendo uma "exploração política" do ministro


Palocci em palestra
Evolução patrimonial de Palocci constam na declaração de Imposto de Renda dele e são públicos, segundo deputado
São Paulo - O deputado Henrique Fontana (PT-RS), relator da reforma política na Câmara dos Deputados, saiu hoje em defesa do ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, e acusou a oposição de tentar desestabilizar o principal ministro da presidente Dilma Rousseff. "Nós não podemos permitir que se faça uma exploração política desestabilizando o ministro", disse o deputado em um encontro promovido pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), num hotel na zona sul de São Paulo, para discutir reforma política.
De acordo com Fontana, os dados sobre a evolução patrimonial de Palocci constam na declaração de Imposto de Renda (IR) dele e são públicos. "Nós temos um processo da oposição de tentar constituir um fato em cima de uma evolução patrimonial", afirmou. Para ele, a evolução patrimonial do ministro está dentro da legalidade e cabe à base do governo defendê-lo do desgaste provocado pelo noticiário. "O debate que a oposição tem feito tem, claramente, um componente de disputa política, não há novidade nisso."