Resultados vão contribuir para que os agricultores possam saber qual é o melhor cultivar para a produção de raiz e qual é melhor para a produção de folhagem.
Com a intenção de avaliar o crescimento vegetativo e a produção de seis cultivares de batata-doce da coleção da Embrapa, o projeto desenvolvido pelo curso de Agroecologia do Instituto Federal de Santa Catarina (IF-SC) Campus Canoinhas, começa a obter os primeiros resultados. De acordo com a professora Cristina Duda de Oliveira,responsável pelo projeto, os primeiros dados obtidos ainda não podem ser divulgados, pois as análises ainda não foram concluídas. Contudo, segundo ela, já é possível perceber que algumas cultivares são mais precoces na produção de raiz, enquanto outras desenvolvem melhor produção de folhas em 90 dias de cultivo, tempo que já dura a pesquisa.
CULTIVO
As batatas-doces são produzidas em plantio de primavera e adubadas com cama de aviário. De acordo com a professora, a batata-doce foi escolhida por ser a quarta hortaliça mais consumida a nível nacional ficando atrás da batata, do tomate e da cebola. “É uma cultura de fácil produção e manejo e se encaixa na agricultura familiar podendo as folhas serem utilizadas para a alimentação de animais, e de humanos, quando mais novas”, explica. A bolsista do projeto, Danieli Fernanda Batista, ressalta que a batata-doce pode ser utilizada na produção de biodiesel e que as raízes são ricas em vitaminas A, C, K e E para o consumo humano. “Podem ser utilizadas de diversas formas e tem aporte energético”, diz. O acompanhamento deve acontecer até os 180 dias de cultivo e as colheitas acontecem uma vez por mês. Como teve início no mês de setembro de 2011, o projeto está na terceira etapa de colheitas. Para a bolsista, a experiência tem sido enriquecedora em termos de prática e de conhecimento teórico. “A evolução do cultivo é notável e os resultados vão gerar artigos científicos que contribuirão para pesquisas posteriores do gênero”, destaca a aluna do curso de Agroecologia.
DEMANDA De acordo com Danieli, os resultados vão contribuir para que os agricultores possam saber qual é o melhor cultivar para a produção de raiz e qual é melhor para a produção de folhagem, podendo optar se a necessidade for a produção para venda ou para alimentação das criações de animais. “O projeto vai informar a precocidade de produção de determinados cultivares proporcionando o escalonamento de produção”, diz. Segundo a professora, por meio dos resultados, será possível produzir diferentes cultivares na mesma época com colheitas em diferentes épocas. Mais três alunas fazem parte do projeto. “Os resultados são muito importantes para o aprendizado dos alunos”, avalia a Cristina. Além de fazer parte das pesquisas de agroecologia, o projeto é multidisciplinar e será analisado por alunos do curso de Agroindústria por meio de um segundo projeto que visa avaliar as potencialidades de cultivares de batata-doce para processamento na agricultura familiar para uso culinário e industrial. O projeto será desenvolvido pela bolsista Diéssica Bueno que é aluna de Agroindústria e supervisionado pelo professor Julio Cezar Bragaglia. A bolsista irá trabalhar com as diferentes cultivares de batata-doce que serão fritas assadas, cozidas e congeladas. “Vamos analisar se no descongelamento as batatas perdem alguma característica nutricional”, conta. Além disso, os teores de amido, de matéria seca e de matéria úmida também serão avaliados. As batatas-doces que já foram colhidas estão em processo de maturação no laboratório.
