Em quase duas horas de reunião, o secretário explicou aos deputados membros da comissão como está o desenvolvimento do sistema que vai permitir o monitoramento on line dos leitos de SUS no Paraná. “A central de leitos on line é um sistema complexo, que vai demandar um certo tempo – aproximadamente mais 90 dias -, mas que é para sempre, e vai substituir um sistema arcaico, que atualmente funciona com fax e telefone e não oferece condições para que os servidores realizem um bom trabalho”, enfatizou Michele Caputo Neto.
O presidente da CPI dos Leitos, deputado Paranhos (PSC), avaliou como “extremamente importante” a vinda do secretário, por que “grande parte dos problemas que a CPI está apurando serão resolvidos pela Secretaria de Saúde”. Para o presidente da CPI, desde o início dos trabalhos, a CPI tem encontrado respaldo e apoio da Secretaria e de outros órgãos do governo, como a Celepar, encarregada de desenvolver um sistema de controle de leitos – a central on line. “A investigação da CPI e o trabalho da Secretaria estão se somando para buscar a solução de um problema que hoje é crônico no Paraná”, afirmou Paranhos.
Durante a reunião, o secretário Michele Caputo informou que governo trabalha para ter um sistema completo de monitoramento da saúde, desde o agendamento de consultas, solicitação e realização de exames, internamentos e todos os procedimentos envolvendo pacientes, médicos e hospitais. A ideia, segundo ele, é ter um sistema que agende cem por cento das consultas e encaminhamentos, com acesso a todos os municípios e que possa fazer também o controle financeiro de todo o processo. “Com isso vamos garantir atendimento mais rápido e adequado a quem precisa de internamento”, explicou.
AIHsAo comentar a polêmica envolvendo as AIHs, o secretário Michele Caputo foi enfático ao afirmar que “não houve redução de leitos no Paraná e uma ampliação de 20 mil AIHs”. O secretário informou que o estado passou de 762.817 autorizações de internamento no ano passado para 782.970 nesse ano. “O que houve foi uma redistribuição das autorizações de acordo com as necessidades de cada região”, explicou.
