sábado, 16 de abril de 2011

SÃO PAULO - Associação de militares pede censura à 'Amor e Revolução'do sbt.

15 de abril de 2011 07h38

'Amor e Revolução' fala sobre a época da ditadura militar. Foto: SBT/Divulgação 'Amor e Revolução', do SBT, retrata a ditadura militar
Foto: SBT/Divulgação.
De acordo com a coluna Zapping, do jornal Agora São Paulo, a Associação Beneficente dos Militares Inativos e Graduados da Aeronáutica (Abmigaer) lançou um abaixo-assinado na internet em que pede a censura à novela Amor e Revolução, do SBT.
A trama retrata a repressão durante a ditadura militar. O autor da novela, Tiago Santiago, disse que a tentativa de censura é inconstitucional e interessa apenas a "torturadores e assassinos" do regime MILITAR.

Militares da reserva querem tirar do ar novela do SBT sobre ditadura

Elenco da novela Amor e revolução - Foto: Divulgação
14/04 às 15h42 Rafaela Santos* e Márcia Abos
RIO e SÃO PAULO - Um abaixo-assinado criado por militares da reserva da Aeronáutica, disponível no site militares.com.br , pede a retirada do ar de "Amor e revolução", novela escrita por Tiago Santiago e exibida no SBT. O autor da mobilização, José Luiz Dalla Vecchia, que mora em Belo Horizonte, alega que o folhetim pode colocar a população contra as Forças Armadas. A trama gira em torno da ditadura militar (1964-1985) no país e retrata a perseguição política contra os militantes de esquerda da época.
Até o início da manhã desta quinta-feira, a ação tinha sido assinada por aproximadamente 400 pessoas. No texto de abertura do abaixo-assinado, os reservistas insinuam que a novela parece ser um acordo firmado entre o proprietário da emissora, Silvio Santos, e o governo federal por meio da Comissão de Verdade para quitar as dívidas do Banco Panamericano que pertencia ao apresentador e foi recentemente negociado por R$ 450 milhões.
Dalla Vecchia, que é o 1º secretário da Associação Beneficente dos Militares Inativos Graduados da Aeronáutica (ABMIGAer), alega que as Forças Armadas não devem permitir, dentro da legalidade, que a novela seja exibida. Ele ressalta que os militares já se manifestaram negativamente sobre a trama.
- Qual a finalidade da novela? Será que veio para reviver essa questão? - questiona. - Todos os que participaram dessa época já estão mortos. Nós, os militares atuais, não temos nada a ver com isso. Não é justo que esse assunto venha à tona e prejudique os que estão na ativa - disse ao site do GLOBO.
Procurado, o SBT não quis falar sobre o documento assinado pelos oficiais.
O abaixo-assinado já causou polêmica na web e, em contrapartida, foi criado uma outra ação, no site Petição Pública , que defende a transmissão da novela. A presidente do grupo "Tortura nunca mais" , Cecília Coimbra, acredita que "Amor e revolução" conta com depoimentos verídicos sobre a época e que o abaixo-assinado é um absurdo.
- Seria cômico se a história não fosse trágica. As pessoas se esqueceram que estamos em 2011 e que a censura ficou para trás - conclui.
Autor da novela diz que a acusação é 'esdruxúla'O novelista Tiago Santiago afirma que a trama foi aprovada pelo SBT quatro meses antes da crise e venda do Panamericado.
- Censura é inconstitucional. Esta movimento contra "Amor e revolução" só interessa a quem cometeu crimes e não quer que eles sejam mostrados - diz o escritor.
A jornalista Denise Fon, integrante da Ação dos Cristãos para a Abolição da Tortura (ACAT), lamentou a criação do abaixo-assinado.
- Se algum lado se sente prejudicado com a novela, deveria pedir o direito de dar sua opinião, em vez de tentar impedir a exibição da novela - acredita Denise, que assim como mais de 70 militantes de esquerda, deu seu depoimento à produção da novela para exibição ao final de cada capítulo.
Segundo Santiago, a produção esforça-se desde janeiro para gravar depoimentos de militares e apoiadores do golpe. No entanto, a maioria tem recusado. O autor conta que chegou a oferecer ao coronel reformado Carlos Alberto Brilhante Ustra (ex-comandante do DOI-Codi, acusado de tortura e assassinatos) a possibilidade de ver seu depoimento editado antes da exibição. Ainda assim, Ustra preferiu não falar. Até agora, foram gravados e exbidos os depoimentos de Jarbas Passarinho, que foi ministro durante a ditadura, e do oficial de reserva Sebastião Curió Rodrigues de Moura, conhecido como Major Curió, um dos responsáveis pela repressão à Guerrilha do Araguaia.
Crítica de TV e professora da Universidade de São Paulo, Esther Hamburger reconhece que é um desafio tratar da história recente do Brasil em uma telenovela, mas diz que a narrativa não foi capaz de sensibiliza-la.
- Apesar da iniciativa ousada, o começo de "Amor e revolução" é fraco dramatúrgica e historicamente. A repercussão na internet com os abaixo-assinados pode melhorar a audiência. No entanto, para a novela dar certo é preciso que a narrativa seja capaz de gerar empatia. O que vi até agora foi uma sucessão de cenas de tortura, quase um inventário de formas de tortura em diferentes cenários, e de amor. Faltou mostrar a militância em ação _ analisa a especialista.

OLHA! VOÇÊ CONCORDAR COM ISSO, A NOVELA QUE ESTÁ SENDO TRASMITIDI PELO O SBT AMOR E REVOLUÇÃO, EM HORARIO PROPRIOS PARA A CENA, MAIS PODE SER TRANSMITIDOS EM PROGRAMAS DE TV, DROGAS, HOMENS MORTOS OU COM REVÒLVERES, EMTRE OUTROS PROGRAMAS IMPROPRIOS PARA MENORES OU SEJÁ DURANTE O DIA, AGORÁ VEM MILITARES PROTESTANDO CONTRA, SERÁ QUE ISSO É COISAS DA CONCORÊNCIA AFINAL NA ÉPOCA DA DITADURA MILITAR AS COISA ÉRAM BEM DIFERENTES DA NOVELA DO SBT, TINHA CONSERTESA MUITO MAIS VIOLÊNCIA, NA NOVELA NÃO ESTÁ SENDO DIVUGADO NEM UM MEIO DO QUE ACANTECIA Á TEMPOS ATRAS.

 ISSO É OLHO GORDO NA CONCORENCIA.