quinta-feira, 28 de abril de 2011

PARANÁ- Gabinete de Gestão Integrada vai planejar e comandar ações contra o crime na fronteira.

O Paraná será o primeiro Estado a ter um Gabinete de Gestão Integrada (GGI) de Segurança na fronteira. O lançamento do GGI será nesta quinta-feira (28), em Foz do Iguaçu, em cerimônia prevista para as 10h, com a presença do governador Beto Richa, do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, da secretária nacional de Segurança Pública, Regina Miki, e do secretário da Segurança Pública do Paraná, Reinaldo de Almeida César.
O Gabinete será integrado por representantes dos órgãos de segurança das esferas federal, estadual e municipal, com a atribuição de coordenar e propor ações de combate à criminalidade. Para o governador Beto Richa, a instalação do GGI representa a opção por um novo modelo de gestão e operação na área de segurança. “A eficiência das ações de segurança passa pela integração entre as várias esferas de governo. É desta maneira, em colaboração e sintonia, que vamos trabalhar não apenas nesta área, mas em tudo que possa resultar em melhorias para o Paraná”, afirma.
Além do GGI da Fronteira, o Paraná terá também um gabinete de gestão integrada para coordenar as ações em todo o Estado, que também será lançado nesta quinta-feira (28), e outro específico para o Litoral. O GGI de Fronteira ficará sediado em Foz do Iguaçu e terá bases operacionais em Barracão e Guaíra.
“O Paraná, que era um dos poucos Estados que não tinha nenhum GGI, terá três, sendo que umas das unidades é a primeira a concentrar ações específicas na fronteira”, diz o secretário Reinaldo de Almeida César. “Nosso Estado tem 19 municípios que fazem fronteira direta com o Paraguai e a Argentina e outros 120 na área de influência da fronteira, todos suscetíveis ao tráfico de drogas, armas e ao contrabando. É muito importante termos um foro técnico, permanente, que discuta, planeje e execute ações contra o crime nessas áreas.”
O secretário vai propor ao ministro da Justiça ação conjunta para assegurar mais recursos, humanos e materiais, para o combate ao crime organizado na fronteira. “Ao mesmo tempo em que temos uma região geográfica privilegiada, com riqueza natural que atrai milhares de turistas, reconhecida internacionalmente, também sofremos os problemas das áreas de fronteira, que são as portas para ação criminosa. Precisamos do apoio do governo federal, com equipamentos e reforço no efetivo policial”.
Ele cita como exemplo os investimentos realizados pela União nas unidades pacificadoras no Rio de Janeiro. “O governo conseguiu reduzir significativamente as ocorrências policiais e a ascendência dos traficantes em regiões que eram dominadas pelo tráfico e pela marginalidade. Foi uma ação efetiva e que mostra o acerto da política de segurança adotada pelo governo federal. Aqui, na tríplice fronteira, precisamos de uma ação tão ou mais contundente para trazer tranquilidade aos paranaenses”, afirma.
Almeida César também acredita que a parceria entre a prefeitura de Foz do Iguaçu, o governo do Estado e o governo federal, com a participação também da Itaipu Binacional, pode contribuir para a diminuição dos índices da criminalidade. “A urbanização das margens do Rio Paraná, ao lado da Ponte da Amizade, pode ser uma solução permanente para diminuir o contrabando. As várias instâncias governamentais podem se unir para viabilizar a construção de um parque linear, uma área com pistas de caminhada, boa iluminação, equipamentos de lazer, numa área de oito quilômetros, onde hoje estão situados pontos de recepção de mercadorias contrabandeadas”, diz o secretário.