sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Deputado defende fim do monopólio na energia nuclear





   
 O deputado federal Alfredo Kaefer (PSDB-PR) criticou o fato de, no apagar das luzes de 2010, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovar financiamento de R$ 6,1 bilhões para a Eletrobrás construir Angra 3. De acordo com o deputado, se já tivesse sido aprovada PEC de sua autoria (122/07), certamente o governo não precisaria destinar recurso para essa finalidade. “Defendemos que as usinas sejam construídas no sistema de Parcerias Público-Privadas (PPPs).         
Propomos o fim do monopólio estatal e ampliação de usinas nucleares com fins de geração de energia elétrica. O monopólio não se justifica no setor, onde a presença da iniciativa privada pode gerar competição, redução de custos e maior eficiência. O Estado deve se ater a questões primordiais como saúde, educação, segurança, infraestrutura e habitação. Acreditamos que a iniciativa privada é melhor gestora que o Estado”, explicou.
 O deputado considera a produção de energia estratégica, mas com o fim do monopólio este setor pode melhorar. “Está mais do que provado que a iniciativa privada atua com mais eficiência do que o Governo em todas as áreas da economia e não será diferente no setor nuclear, onde o monopólio do Estado significa atraso", disse o deputado.
aefer argumenta ainda que 85,2% da geração de energia elétrica no Brasil tem origem no parque hidrelétrico. Uma projeção do ministério indicaria a queda para 72,4% em 2030. E, até lá, o país precisaria triplicar a geração. “Grandes economias já estão se mobilizando para combater a redução de produção do setor hidrelétrico. Nós não podemos ficar olhando o mundo se preparar, e depois correr atrás do prejuízo”, acrescentou.